ARAÇATUBA

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O que aconteceu em Araçatuba, segundo um especialista que concedeu entrevista ontem ao Jornal Nacional, seria mais difícil de acontecer, se os impostos sobre armas e munições não tivessem sido reduzidos como o governo federal fez.

Esse governo, todos sabem, veio apoiado pelas grandes indústrias de armamentos. A ideia de tornar o Brasil um grande mercado consumidor de armas estava no discurso deste presidente, e tudo era sobre dinheiro e parceria comercial.

Este governo trabalhou como lobista, dentro do próprio Estado, pelos interesses das grandes indústrias de armas.

O Brasil não estava pronto para isso. O país não tem pensamento crítico, maturidade, os homens brancos e heteronormativos, violadores e violentadores de mulheres, feminicidas, homicidas, não estavam aptos para o acesso a armas. Por isso havia regramento.

Mas Bolsonaro fez cair o regramento e o preço.

Num país violento, e com fome, ter pessoas armadas não é a melhor opção.

Araçatuba sofreu muito ontem, graças a Bolsonaro.

Bolsonaro venceu em Araçatuba, com 80% dos votos.

Araçatuba, e o Brasil, colhem o que plantaram. Fome e morte.

Escritor e ativista social, nascido em Madureira, Rio de Janeiro. Em 2016 lançou Rio em Shamas, indicado ao Jabuti de 2017, pela Editora Objetiva. Foi roteirista na Rede Globo e Multishow/A Fábrica, colunista da Folha de São Paulo e Metrópoles.

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